Queixa bastante presente no consultório, muitos inclusive, iniciaram seus processos terapêuticos a partir desta dor. Desta dor, abrem-se fendas, caminhos, túneis e direções. Quase sempre, a direção apontada os convida para si mesmos, o caminho do retorno, para dentro de si.
Neste processo doloroso, o psicoterapeuta caminha lado a lado com o cliente, com uma lanterna, jogando luz para as possibilidades no caminho deste sujeito. Para além disso, o Gestalt-terapeuta presta atenção no próprio caminhar do seu cliente. Como é a sua forma de caminhar? Como são seus passos? De que tamanho? Qual o ritmo da sua caminhada? Qual a sua urgência? Que necessidades encontra neste caminho? E o que repara? Quais os significados que ele dá? Tantas descobertas fantásticas nascem a partir de um processo psicoterapêutico de luto, as descobertas são quase sempre relacionadas á própria força, resiliência, autoestima e o conhecimento de um novo “eu”.
Estamos falando portanto, de um processo psicoterapêutico existencial, onde o cliente tem a possibilidade a partir de uma ruptura, fazer contato consigo mesmo e aprender a fazê-lo de uma forma mais habilidosa. Quando falo em fim de ciclo, me refiro a toda relação interrompida ou finalizada, seja uma separação conjugal, falecimento de um ente querido, demissão, entre outras experiências que são vivenciadas como luto ou perda.
Verdade seja dita, é desafiador e doloroso vivenciar o fim de um ciclo. É difícil até quando o ciclo já não fazia sentido algum de existir, e a sua permanência tinha como função deixar as coisas como estão, ou seja, a necessidade de controle e de posse. Necessidade muito cara aliás, o sujeito por muitas vezes, vende seus sonhos, planos, alegrias e paz em troca de não precisar lidar com o desconhecido, mudanças e incertezas.
O fim de um ciclo para um casal, não significa necessariamente a separação. Após uma crise no relacionamento por exemplo, se o casal emprega energia na relação em sentido à mudança e se o desejo de cuidar do relacionamento a dois é mútuo, então o casal abre uma nova necessidade, isto significa que abre uma nova “Gestalt”, ciclo novo! Sempre que há um ciclo novo se abrindo, significa que há um velho e desatualizado se fechando. Neste caso, o casal entende como fim de ciclo uma antiga forma de se relacionar.
Novos ciclos são importantes para uma vida mais rica e madura, sejam eles quais forem. Uma crise em qualquer tipo de relacionamento, carrega dentro de si, inúmeras possibilidades. A qualquer uma destas, o ser humano é capaz de lidar e pode trabalha-las em Gestalt-terapia, desenvolvendo mais autosuporte para lidar com as mudanças futuras.
Você está passando por um fim de ciclo? Ou já passou e não cuidou desta etapa com a devida atenção? Ou sente que repete os padrões destrutivos em outras relações?
Te convido a mergulhar em um processo profundo que pode te possibilitar ressignificar as suas próprias experiências e entender melhor seu funcionamento, para trazer mais saúde para você e para seus relacionamentos. Te vejo em sua sessão!
Um abraço,
Graciela Ciappino,
Psicóloga clínica e Gestalt-terapeuta
CRP: 12/10715
Whatsapp: (47) 99935-0633